domingo, 30 de outubro de 2011
Quando pensamos em ser santo ou santidade logo nos vem à mente feitos maravilhosos, lembramos de pessoas piedosas, mártires... Mas esquecemos que esta é nossa primeira vocação como cristãos – Bendito seja Deus... que ... nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos”(EFE 1,3-4); e que é por meio dela que Deus quer fazer aliança conosco ( GEN 17, 1-2).
O termo em hebraico qõdes ( santidade), provavelmente vem de qãdad ( cortar; em sentido cultural: ser afastado, separado do impuro, do profano e destinado para o serviço de Deus). Portanto santidade refere-se também a separação, opção, serviço e amar a um senhor e aqueles e aquilo que Ele ama.
Ser santo é um convite ao heroísmo visto que são santos seres dotados de inteligência e vontade, que permite por em pratica e realizar a sua união com Deus, de forma consciente e livre. Isso não é fácil, porque exige de nós perseverança em Deus continuamente. Todavia o Papa João Paulo II disse: “ Não tenhais medo da santidade, porque nela consiste a plena realização de toda a autêntica aspiração do coração humano” (LR, N.17, 7/4/96).
“Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito”(MAT 5,48). Aqueles que seguem a Jesus são chamados a um novo estilo de vida: a santidade. Trilhar para a santidade não é mudar a personalidade, nem mudar o jeito de ser; é apenas aperfeiçoar-se como cristão, como ser humano. São Paulo nos exorta: “Irmãos, cada um permaneça diante de Deus na condição em que estava quando Deus o chamou”(1 COR 7,24). Não é preciso deixar de fazer o que fazíamos, precisamos é buscar a santidade naquilo que fazemos.
Santa Tereza de Ávila afirma: “O demônio faz tudo para nos parecer um orgulho o querer imitar os santos”. A santidade ainda não é um fim, mas o meio de voltarmos a ser “imagem e semelhança’’ de Deus, conforme saímos de suas mãos. E a Palavra diz: “...porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no meio de Ti...”(OSE 11,9). Sendo Deus santo e santidade voltar a ser a essência de quando Ele nos criou; o pecado não pode comungar com a busca da santidade. Deus amo o pecador, mas obomina o pecado.
E o que é pecado?
O catecismo da Igreja católica nos responde o seguinte:
“O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta: é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como ‘uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna’.
O pecado é ofensa a Deus... O pecado ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia dele os nossos corações. Como o primeiro pecado, é uma desobediência, uma revolta contra Deus, por vontade de tornar-se ‘como deuses’, conhecendo e determinando o bem e o mal. O pecado é portanto, ‘amor de si mesmo até o desprezo de Deus’. Por exaltação orgulhosa de si, o pecado é diametralmente contrario à obediência de Jesus, que realiza a salvação.” (CIC 1857-58)
Quando pecamos comentemos o primeiro pecado de nossos pais, Adão e Eva: a soberba. Tornamos-nos deus de nós mesmos. E a nossa santidade, a nossa busca de ver a Deus no nosso dia a dia vai indo embora sendo que a Sagrada Escritura deixa claro: “Procurai... a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor”(HEB 12,14). E como disse o Papa Paulo VI: “O cristão orgulhoso (soberbo) é uma contradição”.
Viver a Lei de Deus (os mandamentos) e aceitar com paciência, fé e resignação tudo o que Deus permite que aconteça conosco em nossa vida é o que constitui nossa santificação. Porém, não existe santificação sem amor. Amor a si mesmo, ao outro e a Deus. Deus nos ama muito “Ou imaginais que em vão diz a Escritura: Sois amados até o ciúme pelo espírito que habita em vós?”(TIA 4,5). E podemos responder a este amor com as mesmas palavras da Sagrada Escritura: “Amarei o Senhor, meu Deus, de todo o meu coração, de toda a minha alma e de todas as minhas forças”(DEUT 6,5).
Que o amor que Deus tem por nós e que o resposta de amor que damos a Ele nos faça prosseguir neste estilo de vida: A Santidade. E que nosso lema de existência seja como o se São Domingos Sávio, aluno de D. Bosco que morreu aos 15 anos: “Se eu não for santo, minha vida não valeu nada”.
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