quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"O Santo da Juventude Moderna" - Beato Pier Giorgio Frassati

“A fé que recebi no Batismo me sugere com voz segura: por você mesmo não faria nada, porém, se você tiver Deus como centro de todas as tuas ações, então sim, chegarás até o fim”.
(à I. Bonini, 15.I.1925)

Ele amou os pobres e humilhados; ele dedicou a sua vida a fazer-lhes bem. Ele os procurou nos cantos mais distantes da cidade, passando por escuros e tortuosos caminhos, foi para dentro da obscuridade e da miserabilidade dos atos alheios, trazendo consigo o pão que restaurava seus corpos e a palavra que confortava as suas almas. Tudo partindo de seu bolso e de seu coração foi destinado aos outros. Ele nasceu para os outros e não para si próprio. Ele foi de fato, um verdadeiro cristão.
“Eis aqui como aparecia o homem das oito Bem-aventuranças, que leva consigo a graça do Evangelho, da Boa Nova, da alegria da salvação que Cristo nos oferece”.
João Paulo II – Cracóvia, 27.III.1977

“Ele proclama, com seu exemplo, que vale a pena sacrificar tudo para servir ao Senhor. Testemunha que a santidade é possível para todos e que só a revolução da caridade pode incendiar no coração dos homens a esperança de um futuro melhor”.
João Paulo II – Roma, 20.V.1990

Os que pensam que os santos são pessoas tímidas e solitárias, que depreciam esta vida só pensando na outra, ficarão surpreendidos diante da figura do beato Pier Giorgio Frassati.

Verdadeiro brincalhão, apelidado de “Robespierre” por seus amigos, com quem formou a associação denominada “I tipi loschi” – os tipos arruaceiros. Frassati foi um amigo dos pobres e via neles o Cristo. São especialmente os jovens, que em sua busca por um modelo, encontram alguém com quem se identificar, já que Pier Giorgio fez de sua curta vida uma “aventura maravilhosa”.

Pier Giorgio Frassati nasceu em Turim, Itália, em 6 de abril de 1901. Sua mãe, Adelaide Ametis era pintora. Seu pai Alfredo, agnóstico, foi fundador e diretor do jornal liberal “La Stampa”. Homem influente entre os políticos italianos, desempenhou também os cargos de Senador e Embaixador da Itália na Alemanha.

Os pobres e os sofrimentos eram seus donos e ele foi para eles um verdadeiro servo, vivendo essa ocupação como um privilégio. Em Pier Giorgio, a caridade não consistia só em entregar algo para os demais, mas antes, em se entregar a si mesmo por inteiro. Essa caridade se sustentava diariamente com Jesus Cristo Eucaristia, com a freqüente adoração noturna, com a meditação do hino da caridade de São Paulo e com as ardentes palavras de Santa Catarina. Às vezes, sacrificava suas férias na casa de verão da família Frassati, no vilarejo de Pollone, já que “Se todos saem de Turim, quem vai se encarregar dos pobres?”.
Seu funeral foi um triunfo, as ruas da cidade se encheram de gente que chorava sem consolo e que sua família não conhecia: eram os pobres e necessitados que ele havia atendido sem desanimo durante sete anos; muitos deles ficaram surpreendidos ao se interarem de que o jovem que conheciam, pertencia a uma família tão poderosa. Numerosos peregrinos, em especial jovens e estudantes, vão ao túmulo de Pier Giorgio para solicitar favores e coragem para seguir seu exemplo. Em 1981, como última etapa do Processo Apostólico, foram exumados seus restos mortais, encontrando-se o corpo de Pier Giorgio intacto, com um sorriso iluminado.
O Papa João Paulo II, depois de ter visitado seu túmulo em Pollone, em 1989 disse: “quero render homenagem a um jovem que soube ser testemunho de Cristo com singular eficácia no nosso século. Eu também conheci, na minha juventude, a benéfica influência de seu exemplo, e quando estudava fiquei marcado pela força de seu exemplo cristão”.

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